No webinar realizado no dia 20/11/2019 sobre Tratamento das Complicações em Harmonização Facial o professor Cir. Dentista e professor Dr. Levy Nunes (CRO SP 30251) comentou nos trechos destacados sobre as intercorrências no procedimento, transcritos a seguir.
Levy, qual seria a melhor forma de usar a hialuronidase na situação de uma intercorrência no nariz?
A primeira coisa que eu posso notar é que eu terei inúmeros poros visíveis. Essas setinhas (indicadas no vídeo) significam que eu vou aplicar hialuronidase diversas vezes por todo esse nariz.
Ao mesmo tempo que eu estou aplicando hialuronidase com uma seringa de insulina, uma agulha de insulina, de preferência uma 30g, no momento que eu perfuro, eu sangro esse paciente. Eu vou promover sangramento nesta região.
Eu quero que todas as regiões sangrem, porque quando eu sangro essa região, é como se eu estivesse curetando, odontologicamente, o alvéolo comprometido com alveolite.
Então quando eu fizer o sangramento dessa região, eu trago anabólitos e removo catabólitos. Todo o oxigênio que chega nessa região leva anabólitos, que oxigenam, levam produtos, enzimas e mediadores químicos para tentar liberar fibroblastos, macrófagos e etc, que façam a regeneração do local.
Então eu fiz o sangramento. Mas, ao mesmo tempo, eu apliquei hialuronidase. Agora é a hora de inundar essa região.
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Preenchimento em glabela apresenta algum risco?
Uma grande preocupação hoje em dia é a glabela. É uma situação extremamente complexa onde eu tenho uma artéria tão importante descendo nessa região. Ela se divide com a artéria oftálmica, formando a nasal. Então uma alteração nessa região pode ocasionar em uma necrose até na ponta do nariz.
E isso (indicado no vídeo), pasmem, não foi preenchimento. Isso foi um processo de anestesia. A glabela já está mais que discutida, hoje é praticamente uma coisa abominável.
Hoje nós sugerimos o procedimento Subcision associado a toxina e fios de PDO liso por dar uma sustentação melhor. É uma técnica bem interessante, que não tem risco de cegueira ou necrose.
Aqui (indicado no vídeo), eu tenho simplesmente uma anestesia que levou o paciente à necrose.
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Os microporos podem causar necrose?
Podem sim, porque o cloreto de benzalcônio faz parte da composição do microporo e ele não se dá bem com ácido hialurônico, inclusive isso ta em bula: não associar com produtos com cloreto de benzalcônio, que é um quaternário de amônio.
Não só o microporo, existem vários outros produtos, mas nosso caso é que muitos usam o microporo para sustentar o nariz após a rinomodelação ou a bioplastia nasal, portanto fuja do microporo!
Mas então eu vou sustentar esse nariz como? Existe um tempo de presa, eu preciso que esse nariz mantenha a neve em cima do cume.
O ácido hialurônico não escoa, então nós sugerimos usar as fitas de kinesio tape, ou as fitas tape. São muito usadas na bichectomia. Os atletas fizeram um marketing muito grande nas Olímpiadas da kinesio tape, daquelas faixas coloridas.
As fitas são usadas hoje na fisioterapia para simular a drenagem de situações linfáticas, então nós sugerimos que use as fitas de kinesio tape para sustentação no lugar da fita micropore.
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